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domingo, 29 de março de 2015

LIÇÃO 1  -                         O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS

INTRODUÇÃO
O Evangelho Segundo Lucas (em grego: Τὸ κατὰ Λουκᾶν εὐαγγέλιον; transl.: To kata Loukan euangelion) é o terceiro dos quatro evangelhos canônicos. A narrativa de Lucas descreve, com riqueza de detalhes, o ministério terreno de Jesus, como ele nasceu, cresceu, libertou os oprimidos, formou os seus discípulos, morreu numa cruz, ressuscitou e ascendeu aos céus. E tido como a melhor vida de Cristo que foi escrita.O terceiro evangelho é geralmente encarado como uma obra-prima literária entre os livros do Novo Testamento. Aqui encontramos a língua grega mais refinada do Novo Testamento.
Tem 24 capítulos e 1.151 versículos.

TEMA
A mensagem do Evangelho de Lucas pode ser resumida nas palavras de Jesus a Zaqueu, conforme Lucas as registra: "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (19.10). O caráter e propósito de Jesus como Salvador é o tema principal deste livro.
Outras características do evangelho de Lucas:

O Evangelho dos gentios.
É evidente que Lucas escreveu principalmente para os gentios. Teófilo era um gentio, como o autor, e não há no Evangelho nada que um gentio não possa captar ou compreender.

O Evangelho das mulheres
O lugar das mulheres na Palestina era baixo. Na oração matinal judaica o homem agradece a Deus por não tê-lo feito "gentio, escravo ou mulher". Mas Lucas em seu Evangelho dá um lugar muito especial à mulher. O relato do nascimento é dado do ponto de vista de Maria.
Em Lucas nós lemos a respeito de Isabel, de Ana, da viúva de Naim, da mulher que lavou os pés do Jesus na casa do Simão o fariseu. É Lucas o que nos faz vívida a imagem de Marta e Maria e de Maria Madalena.

O evangelho do louvor
Neste evangelho a frase louvando a Deus aparece com mais frequência que em todo o resto do Novo Testamento. Este louvor alcança seu ponto culminante nos três grandes hinos que a igreja cantou através de todas as gerações O Magnificat (1:46-55), o Benedictus (1:68-79); e o Nunc Dimittis (2:29-32).  Há algo no evangelho de Lucas que é muito encantador, como se o brilho do céu tivesse tocado as coisas da Terra.

O evangelho universal
Mas a característica mais proeminente de Lucas é que seu evangelho é universal. Caem todas as barreiras; Jesus é para todos os homens sem distinção.

I - O TERCEIRO EVANGELHO
AUTORIA E DATA
Não há no evangelho indicação de quem seja seu autor. A tradição atribui à autoria a Lucas, um companheiro (discípulo) que Paulo teve em algumas de suas viagens.
Ao que tudo indica era gentio;
O nome Loukas, é grego;
Seu evangelho e Atos começam com uma introdução ao estilo grego;
O conhecimento do grego;
O livro foi dirigido a Teófilo, gentio;
Em colossenses 4.10-14, ele é distinguido de Aristarco, Marcos e Justo, que eram judeus (que eram da circuncisão- 4.11), sendo associado com Epafras e Demas, que não eram.
Eusébio e Jerônimo falam dele como sendo de Antioquia da Síria ( o que pode explicar o fato de tantas passagens de Atos se passarem em Antioquia : 11.19-27;13.1-3;14.26;15.22,23,30-35;18.22-23), mas não e possível precisar.
Não parece ser possível determinar se Lucas era prosélito Judeu antes de sua conversão ou se veio direto do paganismo. Seu conhecimento e registro de assuntos judeus sugerem familiaridade com o judaísmo. E também possível que tivesse pai gentio e mãe judia. Sendo assim, Lucas e provavelmente o único autor gentio do Novo Testamento.
A erudição conservadora assegura que Lucas escreveu a sua obra (aproximadamente) no início dos anos sessenta do primeiro século da era cristã.

ESBOÇO
PRÓLOGO – 1.1-4.
A NATIVIDADE, ADOLESCÊNCIA, IDADE ADULTA – 1.5-4.13.
O MINISTÉRIO NA GALILEIA – 4.14-9.50
A VIAGEM PARA JERUSALÉM – 9.51- 19.44.
MORTE E TRIUNFO – 19.45 – 24.53.

DESTINATÁRIOS
Lucas escreveu seu livro explicitamente para Teófilo ( 1.1-4).
Teófilo possivelmente, um homem  da  alta sociedade, pois é chamado de “excelentíssimo” (v. 3). O nome Teófilo quer dizer “amigo de Deus”. Excelentíssimo  a mesma palavra é usada quando se fala sobre o governador Félix (At 23.26; 24.3) e sobre o rei Agripa II  (At 26.25). Isso mostra que Teófilo pode muito bem ter sido um alto funcionário no império romano.
Pode se dizer que além deste ilustre destinatário, Lucas também escreveu aos gentios.

II – OS FUNDAMENTOS E HISTORICIDADE DA FÉ CRISTÃ
1. O cristianismo no seu contexto histórico.
Lucas inicia seu Evangelho com uma declaração especial: ele mesmo havia se 'informado minuciosamente de tudo [sobre a vida de Jesus] desde o princípio' (1.1-4).
 Lucas mostra com riqueza de detalhes sob que circunstâncias históricas se deram os fatos por ele narrados. Vejamos: "E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, e Herodes, tetrarca da Galileia, e seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da província de Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene, sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias" (Lc 3.1,2). Esses dados têm um propósito claro: mostrar que o plano da salvação no cristianismo pode ser localizado com precisão dentro da história. A fé cristã, portanto, não se trata de uma lenda ou fábula engenhosamente inventada. São fatos históricos que poderiam ser testados e provados e, dessa forma, podem ser aceitos por todos aqueles que procuram a verdade. O terceiro Evangelho foi escrito para mostrar os fundamentos das verdades nas quais os cristãos são instruídos.

III – A UNIVERSALIDADE DA SALVAÇÃO
O evangelho universal
Mas a característica mais proeminente de Lucas é que seu evangelho é universal. Caem todas as barreiras; Jesus é para todos os homens sem distinção.

(a) O reino dos céus está aberto para os samaritanos (9:51-56). Só Lucas nos relata a parábola do Bom Samaritano (10:30-37); o único leproso agradecido era samaritano (17:11-19). João transcreve um dito que diz que os judeus e os samaritanos não se tratam entre si (João 4:9). Mas Lucas se nega a fechar a porta a ninguém.

(b) Lucas mostra Jesus falando com aprovação de gentios a quem os judeus ortodoxos consideravam impuros. Mostra Jesus citando à viúva da Sarepta e a Naamã o sírio como exemplos brilhantes (4:25- 27). Elogia-se o centurião romano pela grandeza de sua fé (7:9). Lucas transcreve as belas palavras de Jesus: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus” (13:29).

(c) Lucas está especialmente interessado nos pobres. Quando Maria trouxe sua oferta para sua purificação era a oferta de um pobre (2:24). Quando Jesus, por assim dizer, mostra seus créditos aos mensageiros do João, o ponto culminante é: “e aos pobres, anuncia-se o evangelho” (7:22). Só ele nos relata a parábola do rico e o pobre (16:19-31). No relato de Lucas das Bem-aventuranças, Jesus diz não como em Mateus:"Bem-aventurados os pobres de espírito" (5:3), e sim: “Bem-aventurados vós, os pobres” (6:20). O Evangelho de Lucas foi chamado o Evangelho da classe baixa. Seu coração corria ao encontro de qualquer pessoa a quem a vida fosse uma luta desigual.

(d) Mas acima de tudo mostra a Jesus como o amigo dos ingratos e pecadores. Só ele nos relata a história da mulher que ungiu os pés de Jesus e os banhou com suas lágrimas e os secou com seus cabelos na casa de Simão o fariseu (7:36-50); do Zaqueu, o coletor de impostos traidor (19:1-10); a parábola do fariseu e do publicano (18:9-14). Só ele nos relata a história do ladrão arrependido (23:43) e nos conta a história imortal do Filho Pródigo e de seu amante Pai (15:11-32). Quando Mateus nos relata como Jesus enviou a seus discípulos a pregar, diz-nos que lhes recomendou que não fossem aos samaritanos nem aos gentios (Mateus 10:5); mas Lucas omite tudo isto. Os quatro autores dos Evangelhos citam a Isaías 40 quando dão a mensagem de João Batista, "... preparem o caminho do Senhor; endireitem seus caminhos"; mas só Lucas continua a citação até sua conclusão triunfante: "...e verá toda carne a salvação de Deus" (Isaías 40:3-5; Mateus 3:3; Marcos 1:3; João 1:23; Lucas 3:4). Lucas, entre todos os autores dos Evangelhos, não via limites ao amor de Deus.



IV – A IDENTIDADE DE JESUS O MESSIAS

1. Jesus, o homem perfeito.
No Evangelho de Lucas, Jesus aparece como o "Filho de Deus" (Lc 1.35) e Filho do Homem" (Lc 5.24). São expressões messiânicas que revelam a deidade de Jesus. A primeira expressão mostra Jesus como verdadeiro Deus enquanto a segunda, que ocorre 25 vezes no terceiro Evangelho, mostra-o como verdadeiro homem. Ele é o Filho do Homem, o Homem Perfeito. Ao usar o título "Filho do Homem" para si mesmo, Jesus evita ser confundido com o Messias político esperado pelos judeus. Como Homem Perfeito, Jesus era obediente a seus pais. Todavia, estava consciente de sua natureza divina (Lc 2.4-52). É como o Homem Perfeito que Jesus enfrenta, e derrota, Satanás na tentação do deserto (Lc 4.1-13).

2. Jesus e o Espirito Santo
Há dezessete referências explicitas ao Espirito Santo em Lucas.
O Espirito Santo e citado mais em Lucas que em Mateus e Marcos juntos, e até mais que em João. Os quatro evangelhos falam da descida do Espirito Santo sobre Jesus no batismo, mas apenas Lucas acrescenta: “Jesus cheio do Espirito Santo, voltou do Jordão”(4.1). Os sinóticos falam que o Espirito Santo o levou para o deserto para ser tentado por satanás, mas Lucas é o único que diz: “Então Jesus, no poder do Espirito Santo, regressou”(4.14). 10.21 “naquela mesma hora se alegrou no Espirito Santo”.

V – LIÇÕES PRATICAS EM LUCAS
1 – O interesse de Lucas em conhecer a história de Jesus.
2 – O interesse de Lucas em anunciar a história de Jesus
3 – O cristianismo e uma religião de fé e fatos
4 – A vida perfeita de Jesus deve nos inspirar na busca de uma vida mais perfeita
5 – Assim como Jesus, sermos íntimos e cheios do Espirito Santo.
6 – Não fazermos acepção de pessoas para a salvação, pois ela e universal.




CONCLUSÃO
O terceiro evangelho e tido como a obra mais completa e bela sobre Jesus Cristo. E o livro ideal para conhecermos mais ao senhor Jesus.
“Lucas descreveu como o Filho de Deus entrou na História. Jesus viveu de forma exemplar, foi o Homem Perfeito. Depois de um ministério perfeito, Ele se entregou como sacrifício perfeito pelos nossos pecados, para que pudéssemos ser salvos.
Jesus é o nosso Líder e Salvador perfeito. Ele oferece perdão a todos aqueles que o aceitam como Senhor de suas vidas e creem que aquilo que Ele diz é a verdade"



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