Hoje, no Calendário Litúrgico, que é compartilhado pelas
diversas tradições cristãs, incluindo o protestantismo, comemora-se o Domingo
de Ramos. Esse evento refere-se à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém quando
Ele foi aclamado como Messias nas portas da cidade. A entrada é registrada em
todos os quatro Evangelhos. O evangelista João, por exemplo, destaca: “No dia
seguinte, a numerosa multidão que tinha vindo à festa, tendo ouvido que Jesus
estava a caminho de Jerusalém, pegou ramos de palmeiras e saiu ao encontro
dele, clamando: ‘Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de
Israel!’” (João 12. 12-13).
A multidão grita “hosana", e canta o Salmo 118. Essa
palavra aramaica significa “salva-nos agora".
A cena como um todo é tomada de um fervor
político-nacionalista. Mas a multidão apenas não entendeu o básico: Jesus não
tinha vindo para derrubar a opressão romana, mas sim, para derrotar a opressão
do pecado. O símbolo disso é a montaria sobre o jumento. Jesus não era o
messias militar da expectativa judaica do primeiro século, mas o humilde messias
que traz o dom da vida e a paz para todas as nações (cf. Zacarias 9.9-10).
Sim, a nova multidão no céu advinda de todas as nações também tinha ramos de palmeiras nas mãos.