Lição 01: Deus se Revelou à Humanidade
TEXTO ÁUREO
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta,
porque Deus lhe manifestou. ” Rm1.19
A bênção de conhecermos o Senhor deve resultar em maior
confiança, um viver agradável a Deus e uma vida frutífera para a glória de
Deus.
COLOSSENSES 1
9 – Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos,
não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da
sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;
INTRODUÇÃO
As Sagradas Escrituras declaram com muita propriedade, com
inspiração de grandes homens de Deus, quem Ele é, Sua natureza, as Suas criações,
os Seus atributos e tudo que é peculiar ao Ser Divino.
1- A revelação de Deus
Deus existe e se revelou ao homem.
Essa revelação começou no Éden.
Só é possível conhecer Deus porque Ele revelou-se a Si
mesmo. Evidentemente que não é possível ao ser humano conhecê-Lo plenamente,
mas é possível conhecer o suficiente para saber que existe um relacionamento
entre o ser humano e Deus.
A revelação é absolutamente necessária para que o homem
conheça a Deus, porque Ele está acima dos pensamentos e das palavras do homem.
Deus não integra a substância das coisas criadas. Ele transcende a criação, e
só pode ser conhecido quando Ele mesmo se dá a conhecer. Wolfhart Pannenberg
ressalta que “A sublimidade da realidade de Deus torna-a inatingível para o
homem se ela não se dá a conhecer por si mesma”
Assim sendo, quando a Bíblia fala da revelação divina, o
pensamento dominante é o de Deus dando a conhecer ao homem, sua natureza,
caráter, poder, glória, vontade, amor e misericórdia.
Como mencionou Tony Evans (Livro – Deus é Tremendo – Ed.
Vida): “O estudo de Deus é a busca mais significativa da vida” – vide Jeremias
9.23-24.
1.1. A
revelação de Deus na natureza.
Revelação
Geral nos mostra a existência de Deus
São vários os textos
bíblicos que registram a natureza como meio de revelação da glória de Deus, de
Seu poder, de Sua soberania.
A natureza e o primeiro embaixador de Deus – Sl 19.1-6; Is
40.26.
Gn 1 e o Salmo 104 mostram detalhadamente como Deus fez cada
coisa para um determinado fim.
O salmo 148 e um hino de louvor a Deus.
Os povos pagãos, vizinhos de Israel, na sua cegueira espiritual,
fizeram da natureza uma divindade. Criando das “forças” da natureza “deuses” .
A natureza manifesta o poder de Deus e não Deus, ideia do
Panteísmo.
“A revelação da
natureza é uma revelação da parte de Deus a respeito de Deus. A fala de Deus na
natureza não deve ser confundida com a noção de um cosmo falante. Há,
inclusive, os que insistem que a natureza fala de tal modo que devemos
escutá-la como se fora a voz de Deus. Mas a mensagem da Bíblia é: ‘Ouça a Deus!
’ E não ‘Escute a natureza! ’”.
Rm 1.18-21 (este texto diz que o ser humano, ao contemplar
as obras da criação de Deus, deve glorificá-Lo e ser-Lhe grato.
1.2 - Os nomes de Deus.
Em sua palavra, Deus revela-se de variadas maneiras.
Uma das maneiras mais empolgantes de o conhecermos é através
de seus diversos nomes.
Os vários nomes e cada um tem um significado caracterizam
melhor o Ser divino.
Veremos aqui alguns nomes de Deus:
Elohim – Usualmente
acha-se vinculado ao poder criativo de Deus, a ao cuidado que Ele dispensa ao
universo e à humanidade. Além disso, implica na pluralidade existente no
supremo ser, ou seja, referência a trindade ( Gn 1.26;3.22)
Iavé – A versão Almeida traduz “SENHOR”; e uma
transliteração do tetragrama do nome de Deus em hebraico. Significa Ele
continuará a ser.
Adonai – “Senhor – expressa a ideia de governo e domínio”;
El no hebraico e Deus.
Nomes especiais e compostos com “El’ e “ Yahweh”
El-Shaddai – “O Deus Todo-Poderoso”; Gn 17.1
El-Elyon – “O Deus Altíssimo”; Gn 14.18
El-Olam – “O Deus eterno”; Gn 21.33
Iavé Jireh – “O Senhor proverá” [Gn 22.14];
Iavé Mecadishkem – “O Senhor que vos santifica”; Ex 31.13
Iavé Nissi – “O Senhor é minha bandeira” [Êx 17.15];
Iavé Ra’a – “O Senhor é meu pastor” [Sl 23.1];
Iavé Shalom – “O Senhor é paz” [Jz 6.24];
Iavé Tsidkenu – “O Senhor justiça nossa” [Jr 23.6];
Iavé Shamah – “O Senhor está ali” [Ez 48.35];
Iavé Elohim – “O Senhor Deus de Israel” [Is 17.6].
“Nas Escrituras, Deus
demonstrou que o seu nome não era mera etiqueta para distingui-lo das demais
deidades das culturas em derredor. Pelo contrário: cada nome que Ele usa e
aceita revela alguma faceta do seu caráter, natureza, vontade ou autoridade”.
1.3. A revelação através de Jesus Cristo. Jesus Cristo, o
Verbo.
O Verbo era Deus e se
fez carne [Jo 1.1, 14]. Importante conectar este texto com Hebreus 1.1 – o Deus
que no passado falou de muitas maneiras, “falou-nos, nestes últimos dias, pelo
Filho”. Assim, quando o Verbo tabernaculou entre nós, tratava-se do supremo ato
revelador de Deus. Jesus Cristo é o centro desta revelação especial.
Respondendo ao pedido de Filipe, Jesus disse: “Quem me vê a
mim, vê o Pai” [Jo 14.9], esclarecendo, assim, que o Filho tinha vindo ao mundo
para revelar o Pai. Portanto, para crescermos no conhecimento de Deus somente é
possível sendo um discípulo de Cristo conforme as Escrituras [Jo 17.25-26].
2 Co 5.19 “ Deus estava em Cristo” – A pessoa de Cristo se
constitui na maior expressão de Deus, sua maior revelação (Hb 1.3)
Subsídio do Professor: Gordon R. Lewis (Bíblia de Estudo
Defesa da Fé), em artigo sobre a revelação divina, após discorrer sobre a
atividade do Deus vivo e invisível de se dá a conhecer às pessoas finitas e
pecadoras ao longo da história: “…Deus deu a conhecer o seu plano justo e
amoroso de redenção de maneira suprema em Jesus, o tão esperado Messias. “Deus
nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o
fez conhecer” [Jo 1.18].
Para apreciar mais plenamente como é Deus, estude a vida, as
palavras, as obras e a morte expiatória de Jesus. No Calvário, o Salvador
inocente foi o substituto dos culpados. Ao fazer isto, derrotou Satanás e
propiciou a base justa para a sua misericórdia reconciliadora e graça (Rm
3.25). Então, o Cristo ressuscitado demonstrou o seu poder salvador sobre o
pecado, a culpa, a morte e Satanás [Rm 1.2-4; 10.9-10]”.
O
desenvolvimento faz parte da vida do ser humano.
Desenvolvimento
físico, desenvolvimento intelectual, social...
O
cristão precisa crescer no seu conhecimento de Deus (experiências) e também na
palavra de Deus.
Ef
4.13,14.
O
conhecimento precisa me transformar, caso contrário será apenas informação.
2.1. Um conhecimento além do aspecto
intelectual.
Mt
11.27
Ef
1.17
Cl
1.10
1
Jo 5.20
O
termo “conhecer” nas Sagradas Escrituras muitas vezes tem um sentido que vai
além de simplesmente ter conhecimento intelectual de algo ou de alguém.
Conhecer melhor o Senhor traz mais vida e
bênçãos espirituais a Seu povo.
Por
isso o conhecimento pessoal de Deus vai além do aspecto intelectual.
2.2. O conhecimento para um andar
digno.
A
oração de Paulo pelos colossenses é para que fossem cheios do conhecimento da
vontade de Deus, adquirindo sabedoria e inteligência espiritual, para andar
dignamente diante do Senhor [Cl 1.9-10].
2.3. O conhecimento para um viver
frutífero.
Importante
estarmos atentos ao propósito de Deus para nós quando nos chamou e nos nomeou
[Jo 15.16]. Todos os cristãos são escolhidos para darem frutos. Quando a árvore
não dá fruto, precisa ser podada [Jo 15.2; 15.8].
Subsídio do Professor: Eneziel Peixoto de Andrade: “No texto bíblico de João 15.1-16, Jesus fala sobre a necessidade de uma vida cristã frutífera. Sendo assim, somos desafiados a um constante auto avaliação para verificar como está a nossa frutificação. Para frutificar é preciso estar unido a Cristo. A frutificação tem como principal objetivo a glorificação de Deus. Frutificação é o que se espera de todo cristão. ”
3- Alguns resultados de conhecermos a
Deus
“Antes, crescei na graça e conhecimento” [2Pe 3.18a].
3.1. Crescimento espiritual.
João 9.11,35-38
Assim
como ocorre com um recém-nascido, se espera que o nascido de novo cresça na fé,
conhecimento, relacionamento com Deus [1Pe 2.1-3;2 Pe 1.5-8]
Portanto, como discípulos de Cristo,
precisamos desejar e buscar crescer no conhecimento de Cristo para não
sucumbirmos diante de falsas doutrinas [1Tm 4.1; 2Pe 1.5-8].
3.2. A confiança de quem conhece.
Quem conhece o nome de Deus pode confiar nEle
[Sl 9.10]. Pode buscá-Lo nas suas necessidades, pode engrandecê-Lo. Quem não
conhece não tem como confiar. Como confiar num estranho? Quem confia pode levar
uma vida piedosa ao Seu lado. Quem conhece não é confundido nem destruído [Os
4.6].
Quem não conhece não sabe a quem pedir socorro [Sl 121.1]. Quem conhece sabe de onde virá o socorro [Sl 121.2]. A confiança da vida eterna está baseada no conhecimento do Deus verdadeiro e na aceitação do Filho Unigênito de Deus [Jo 17.3].
Subsídio do Professor: Infelizmente, muitos dentro das igrejas só conhecem Deus de ouvir falar. Com Jó aconteceu o mesmo. Ele disse: “Com o ouvir dos meus ouvidos, ouvi, mas agora te veem os meus olhos. ” [Jó 42.5]. Quem não conhece não pode chamar para sua casa. Como você chama um estranho para entrar no seio da sua família?
Quem não conhece não tem como adorar. Jesus disse para a mulher samaritana: “Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. ” [Jo 4.22]. Não pare com o seu conhecimento de Deus, Ele ainda tem mistérios a nos revelar.
3.3. A sabedoria adquirida com o
conhecimento.
O povo de Israel permanecendo fiel aos
mandamentos de Deus, despertaria em outros povos o interesse em conhecer o
Senhor. Além de demonstrar sabedoria, também gozaria das bênçãos advindas de
seguir nos caminhos de Deus. Deus tem compromisso com aqueles que permanecem
fiéis a Ele e às Suas leis [Dt 4.5-6].
Paulo diz aos efésios: “Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação. ” [Ef 1.16-17].
Subsídio do Professor: Bíblia de Estudo Pentecostal: “A oração de Paulo pelos efésios reflete o desejo máximo de Deus para todo crente em Cristo. Ele ora para que o Espírito opere neles em maior escala. A razão dessa medida maior do Espírito é que os crentes recebam mais sabedoria, revelação e conhecimento a respeito dos propósitos redentores de Deus para a salvação, presente e futura, e experimentem um “poder” mais abundante do Espírito Santo na sua vida. ”
CONCLUSÃO
Conhecer
alguém pressupõe convivência, familiaridade, trato diário. Deus se permite
revelar. Vale a pena nos aprofundarmos nos mistérios de Deus, Ele ainda tem
muito a nos revelar. Agora, O conhecemos em parte, então chegará o dia em que O
conheceremos como Ele é [1Co 13.12].
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