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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A porta do diabo

 




CAPULO 1 -

1. Introdução


Na vida material, ninguém deixaria a porta de sua casa aberta em uma área perigosa, sabendo que isso facilitaria a entrada de ladrões. Da mesma forma, na vida espiritual, precisamos estar atentos para não deixar brechas que permitam a ação do diabo. Satanás, o mestre do engano, utiliza artimanhas para nos afastar da verdade e da bondade de Deus. Vamos analisar como ele age e como podemos resistir.

A. A estratégia de Satanás

  1. Mentira e engano:
    Jesus descreveu Satanás como "pai da mentira" (Jo 8.44), e suas estratégias incluem falsidade e sinais que confundem (Mt 24.24). Desde o princípio, ele usou essas táticas para enganar, como vemos em Gênesis 3.
  2. O exemplo de Eva:
    • Satanás começa com uma pergunta aparentemente inocente: "Foi isso mesmo que Deus disse?" (Gn 3.1).
    • Ele distorce a generosidade de Deus, focando na proibição, e faz parecer que Deus é alguém que tira, não que dá.
    • Com isso, Satanás semeia dúvidas sobre a bondade de Deus, levando Eva a questionar Sua palavra e, finalmente, a desobedecer.

B. O contraste com Jesus

  • Diferente de Eva, Jesus não sucumbiu às tentações.
  • No deserto, Satanás tentou levar Jesus a duvidar da proteção e provisão de Deus (Mt 4.1-11). No entanto, Jesus resistiu usando a Palavra de Deus como arma.
  • Assim, Ele nos deixou o exemplo de como vencer as artimanhas do inimigo: "Sujeitem-se a Deus, resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês" (Tg 4.7).

C. Aplicação prática

  1. Vigilância e resistência:
    Pedro nos alerta sobre a vigilância constante: "O diabo, vosso adversário, anda ao redor como leão que ruge, procurando a quem devorar. Resistam-lhe firmes na fé" (1 Pe 5.8-9).
  2. Fechar as brechas:
    Paulo também nos adverte a não dar lugar ao diabo (Ef 4.26-27). Isso inclui evitar pecados e manter o coração voltado para Deus.

3. Conclusão


Satanás é astuto e incansável, mas Deus nos deu as ferramentas para resistir: Sua Palavra, a oração e a comunhão com o Espírito Santo. Não deixemos brechas espirituais. Firmemo-nos na fé, confiando na bondade de Deus, e resistindo ao inimigo com determinação. Afinal, em Cristo, temos a vitória garantida!


CAPITULO 2

O sacrifício que nos enreda

 A desobediência e o engano andam de mãos dadas.

Vejamos o que Samuel disse a Saul: ( 1 Sm 15.3).

A ordem foi direta e específica: morte. Mas não foi o que aconteceu (1 Sm 15.9-24).

Saul obedeceu em parte, o que é completa desobediência." Bendito sejas do senhor! Já cumpri a palavra do senhor"(1 Sm 15.13).

Saul acreditava que tinha cumprido a vontade do senhor. Mas Deus tinha outra opinião.

O incidente de Saul e Agague e o gado, não foi o primeiro que ele praticou a obediência seletiva.

Deus sempre oferece uma chance de arrependimento. " Que quer dizer pois, este balido de ovelhas que chega aos meus ouvidos e o mugido de bois que ouço"(1 Sm 15.16).

 Saul responde rapidamente: "De Amaleque os trouxemos, porque o povo guardou o melhor das ovelhas e dos bois, para oferecer ao Senhor teu Deus, o resto destruímos totalmente"(1 Sm 15.15).

Saul não assume a responsabilidade por seus erros, transfere para o povo. E diz que os animais foram poupados por uma boa causa- sacrifício ao Senhor.

 Saul incorreu em um grande erro, servir a Deus do seu jeito. Samuel confrontou Saul (1 Sm 15.16-19).


Capitulo 3

Obediência sim, sacrifício não.

 

 Ou nos rendemos ao Senhor ou nós rendemos a nossa vontade.

" este é o meu filho amado em quem me comprazo”.

 Jesus viveu uma vida de total obediência a Deus.

 " A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou.

Capitulo 4

O mistério da iniquidade.

 Por que a rebelião é feitiçaria? ( 1 Sm 15.22,23).

O objetivo da feitiçaria é exercer controle.

A rebelião dá acesso legal aos poderes demoníacos. 2 Pe 2.18,19.

À medida que resistimos ao diabo nós nos submetemos a Deus , fechamos bem a porta para o inimigo Tg 4.6,7.

Saul (1 Sm 16.14) foi atormentado por um espírito maligno. Esse espírito maligno o levou a uma vida de ciúmes, irá, ódio, contenda, assassinato e ódio.

O mistério da iniquidade opera hoje ( 2 Ts 2.7).

 A rebelião está se tornando cada vez mais aceitável. Existem muitos aspectos da rebelião que agora são considerados normais.

 Esta mesma aceitação respingou sobre a igreja.

 O reino de Deus não é uma democracia e sim um reino que tem um rei e uma constituição que não está sujeita a emendas ou revisões.

Capitulo 5 – NADA DE FEITIÇARIA, A NÃO SER.....,

Os efeitos da feitiçaria são óbvios na nossa sociedade.

Quando um cristão não esta protegido

Nm 23.11, 21,23; 24.10,11

Dt 23.4,5

Sl 57.6; 64.2-4

Pv 26.24

Balaão mudou de estratégia

Ap 2.14/Nm 31.16

Nm 25.1-3

A desobediência abriu a porta para uma praga Nm 25.7,8

A rebelião abre portas para a ação de satanás em nossa vida.

O rebelde ve a palavra de Deus com uma lei restritiva e não como proteção e vida.

Porque alguém desobedeceria a Deus conhecendo a sua vontade?

A palavra de Deusuma lei repressora ou um prazer para você ?



 No livro da história da igreja, Atos dos Apóstolos, lemos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42). 

A palavra “comunhão” traduz o termo grego koinonia. W. E. Vine observa que a koinonia é “um ter em comum, companheirismo, comunhão” e denota “a parte que um tem em qualquer coisa, uma participação, um companheirismo reconhecido, e se usa das experiências e interesses comuns dos cristãos”.

 E oportuno observarmos o uso desse termo na literatura grega, incluindo o Novo Testamento. William Barclay nos dá uma excelente visão panorâmica desse termo na literatura grega, incluindo o Novo Testamento:


1. Na vida cristã há uma koinonia que significa um “compartilhar de amizade” e uma permanência no convívio dos outros (At 2.42; 2 Co 6.14).

2. Na vida cristã há uma koinonia que significa uma “divisão prática” com os que são menos afortunados. A comunhão cristã é uma coisa prática (Rm 15.26; 2 Co 8.4; 9.13).

3. Na vida cristã há uma koinonia que é uma “cooperação na obra de Cristo” (Fp 1.5).

4. Na vida cristã há uma koinonia “na fé”. O cristão nunca é uma unidade isolada; é membro de um convívio da fé (Ef 3.9).

5. Na vida cristã há uma “comunhão (koinonia) no Espírito” (2 Co 13.14; Fp 2.1).

6. Na vida cristã há uma koinonia “com Cristo”. Os cristãos são chamados para a koinonia de Jesus Cristo, o Filho de Deus (1 Co 1.9).

7. Na vida cristã há a koinonia “com Deus” (1 Jo 1.3). Mas deve ser notado que aquela comunhão tem condições éticas, porque não é para aqueles que escolheram andar nas trevas (1 Jo 1.6). A koinonia cristã é aquele vínculo que liga os cristãos aos outros, a Cristo e a Deus. ( EXTRAÍDO DO BLOG TRIBUNA GOSPEL)

O Sinal de Jonas: Chamado ao Arrependimento

 Título: "O Sinal de Jonas: Chamado ao Arrependimento"

Introdução:

Em Lucas 11, versos 29 a 32, Jesus responde à demanda de um sinal da parte das pessoas que estavam à Sua volta. Eles buscavam um sinal milagroso para acreditar n'Ele, mas Jesus afirma que o único sinal que lhes será dado é o sinal de Jonas. Ele compara a sua missão à de Jonas, que pregou o arrependimento à cidade de Nínive. Jesus nos chama a reconhecer que a verdadeira transformação não está em sinais externos, mas no arrependimento genuíno e na mudança de coração. A geração de Jonas foi salva através do arrependimento, e nós também somos chamados a buscar o arrependimento sincero para viver a salvação de Cristo.

Reflexões:

  1. O desejo por sinais e maravilhas não substitui o arrependimento genuíno: As pessoas estavam pedindo sinais miraculosos para acreditar em Jesus, mas Ele disse que o sinal de Jonas seria o suficiente. Muitas vezes, buscamos experiências extraordinárias ou respostas imediatas como sinal da ação de Deus, mas o que Ele realmente quer de nós é um coração disposto a se arrepender e mudar.

    Reflexão: Você tem procurado sinais e maravilhas para crer em Deus ou tem se dedicado a uma fé genuína que se traduz em arrependimento e mudança de vida?

  2. O arrependimento é a chave para a verdadeira transformação: Jesus aponta para o arrependimento dos ninivitas, que, ao ouvirem a mensagem de Jonas, se arrependeram de seus pecados e foram poupados do juízo. O arrependimento sincero diante de Deus é o que traz restauração e vida nova. Não basta uma mudança superficial; é necessário um arrependimento genuíno que venha de dentro.

    Reflexão: Você tem vivido uma vida de arrependimento constante, buscando mudança em suas atitudes e pensamentos? Ou tem negligenciado essa parte fundamental do processo de salvação?

  3. O Reino de Deus é maior e mais poderoso do que qualquer sinal: Jesus menciona que algo maior que Jonas estava ali: Ele mesmo, o Filho de Deus. O Reino de Deus é a maior obra que pode ser vivida em nós, e Ele não exige sinais exteriores, mas uma disposição do coração para se render ao Seu poder transformador. Jesus está chamando todos à reflexão sobre a importância de se entregar a Ele, que é a verdadeira fonte da salvação.

    Reflexão: Você tem reconhecido Jesus como o maior sinal de Deus para sua vida? Está disposto a se render ao Seu Senhorio e viver de acordo com o Seu Reino?

Aplicações Práticas:

  1. Busque o arrependimento sincero: O arrependimento não é apenas uma ação pontual, mas um estilo de vida diário. Pergunte a Deus onde você precisa se arrepender e busque uma mudança verdadeira, não apenas externa, mas interna. Permita que o Espírito Santo revele as áreas que precisam de transformação e viva em obediência a Deus.

  2. Priorize um relacionamento com Deus, não apenas em busca de sinais: Em vez de focar apenas em experiências extraordinárias ou respostas rápidas de Deus, busque conhecer a Deus de forma profunda e íntima. Dedique-se ao estudo da Sua palavra e à oração diária, permitindo que Seu Reino e Sua vontade governem sua vida.

  3. Compartilhe o arrependimento e a transformação com outros: Assim como Jonas levou a mensagem de arrependimento a Nínive, você também pode ser um instrumento de Deus para levar outros ao arrependimento e à salvação. Viva sua fé de forma tão genuína que outros vejam a transformação em sua vida e se sintam inspirados a seguir o exemplo de Cristo.

Oração:

Senhor Deus, obrigado pelo Teu chamado ao arrependimento e pela oportunidade de sermos transformados pelo poder de Cristo. Pedimos que, em nossa vida, o arrependimento seja algo genuíno e constante, não apenas palavras vazias, mas uma mudança real no nosso coração. Que não busquemos sinais, mas Te busquemos de todo o coração, reconhecendo que em Ti encontramos a verdadeira transformação. Ajuda-nos a viver o Teu Reino com fé e obediência. Em nome de Jesus, amém.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

 


Tiago 4.11,12

INTRODUÇÃO

Já sabemos que a Carta de Tiago é rica em conselhos práticos para uma vida cristã próspera. Na lição deste domingo veremos os conselhos e advertências a respeito do julgamento alheio. Tiago nos exorta que todo e qualquer julgamento pertence exclusivamente a Deus. Então, vamos refletir a respeito da natureza do julgamento dos homens, a soberania de Deus como único juiz e a necessidade de praticar a humildade e a compreensão nas relações interpessoais.

I - A NATUREZA DO JULGAMENTO HUMANO

1. Cuidado com a precipitação. 

Muitas vezes, julgamos precipitadamente uma pessoa, sem conhecer todos os fatos. Esse julgamento pode nos levar a cometer injustiças. Por isso Tiago aborda os efeitos maléficos dos conflitos, disputas e o julgamento entre os irmãos. Ele identifica o orgulho e a cobiça como as raízes desses conflitos e chama os crentes à humildade e à submissão a Deus. A exortação “não faleis mal uns dos outros” é uma advertência divina para evitar qualquer forma de calúnia, difamação ou critica. No grego, a expressão utilizada é katalaleite, que pode ser traduzida como “caluniar” ou “difamar” pessoas ausentes, que não podem se defender das injúrias. Falar mal dos outros prejudica a reputação alheia, mas também mina a unidade e o amor dentro da igreja levando à mornidão espiritual.


2. Falta de conhecimento. 

Somos limitados em nosso conhecimento. Por isso, quando julgamos os outros, baseamo-nos geralmente em informações que muitas vezes podem estar incompletas ou erradas. Tiago prossegue dizendo que quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, na verdade, fala mal da Lei e julga a Lei. Aqui, “lei” provavelmente se refere à “Lei Régia” mencionada em Tiago 2.8: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo.” Criticar e julgar os outros é, portanto, uma violação direta desse mandamento.


3. Julgamento e orgulho. 

O julgamento humano é frequentemente influenciado pelo orgulho. Ao julgar os outros, muitas vezes, nos consideramos melhores ou mais justos, ignorando nossos próprios defeitos e falhas. O julgamento, como resultado do orgulho, não só nos prejudica espiritualmente, mas também prejudica nossos relacionamentos. Ele cria divisões, ressentimentos e impede a verdadeira comunhão. O orgulho é um sentimento negativo que nos faz sentir superiores aos outros. Ele nos impede de enxergar as nossas próprias falhas e nos leva a focar nos erros dos outros. Nas Escrituras Sagradas, este sentimento é repetidamente condenado como um pecado que nos afasta de Deus. Quando julgamos os outros com base em nossas percepções e sentimentos, estamos essencialmente dizendo que somos melhores ou mais justos do que eles. Esse é um ato de presunção que contraria a humildade, a santidade e a justiça de Deus.

II - A SOBERANIA DE DEUS COMO ÚNICO JUIZ

1. Deus conhece tudo. 

Tiago 4.12 afirma: “Há um só Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” Deus é o único que possui conhecimento perfeito (onisciência) de todas as situações e das intenções dos corações humanos. Por essa razão somente Ele tem autoridade para julgar, salvar e destruir. Ao tomar para nós o papel de juiz, estamos usurpando a autoridade do Senhor. Esse conhecimento absoluto garante que seus julgamentos sejam sempre perfeitos e equitativos, pois Ele vê além das aparências e entende a totalidade da situação.


2. Justiça perfeita. 

Somente Deus é justo. Sua justiça é parte da sua natureza santa, ao contrário do ser humano que é imperfeito e injusto. Em Deuteronômio 32.4. Moisés nos diz que “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” Deus julga com equidade, assegurando que cada pessoa receba exatamente o que merece, de acordo com sua perfeita justiça.


3. Autoridade exclusiva. 

Deus possui autoridade exclusiva para julgar porque Ele é o Criador de todas as coisas. Sua soberania abrange todo o universo e, por ser o Criador, tem direitos sobre as criaturas. Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. A usurpação dessa autoridade é uma afronta à soberania divina, e um sinal de falta de humildade e submissão da nossa parte. A Bíblia ensina que haverá um julgamento final, onde o Senhor julgará todos os seres humanos com base em suas obras e em sua fé em Cristo (Ap 20.12).


SUBSÍDIO 2

“Tiago identifica dois problemas que se originam quando as pessoas reivindicam as prerrogativas de um julgamento que por direito pertence somente a Deus, o ‘único Legislador e Juiz’ (v. 12). Ao condenarmos outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos condenando aqueles que foram ‘feitos à semelhança de Deus’ (3.9), e assim, implicitamente, estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8). Aqueles que julgam os semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei ao invés de submeterem-se a ela (‘se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz’, Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão de comportamento que reproduz o desejo do juiz humano e não a vontade de Deus (veja 4.13-17). Ao invés de nos atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus, deveríamos nos concentrar em nossa submissão a Ele (4.7) e à sua lei.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p. 1683.)

III - A HUMILDADE E A COMPREENSÃO ENTRE IRMÃOS

1. Evite criticar. 

Tiago nos aconselha a não falar mal uns dos outros (v. 11) e para que isso aconteça, precisamos ter uma atitude de humildade com os nossos irmãos, reconhecendo nossas próprias falibilidades. Ao nos lembrar de que somos pecadores e que necessitamos da graça de Deus, nos tornamos mais humildes e menos propensos a criticar e falar mal dos outros. A humildade nos leva a agir com compaixão e misericórdia, em vez de críticas. Não podemos jamais compactuar com os erros dos irmãos, mas precisamos orar para que haja arrependimento e crer no perdão e na misericórdia divina.


2. Ame. 

Quando você for criticar alguém lembre-se da lei do amor de Deus (Mt 22.37-40) e diga algo bom. Jesus ensina em Mateus 7.3-5 que devemos primeiro remover a trave do nosso próprio olho antes de tentar remover o cisco do olho do nosso irmão. Obedecer ao mandamento de amar ao próximo implica falar e agir de maneira a edificar, e não a destruir. O amor ao próximo é um dos pilares do ensinamento cristão e o verdadeiro amor se manifesta em palavras e ações que promovem o bem-estar e o crescimento do outro. Falar mal dos outros evidencia falta de amor. Quando amamos o próximo como a nós mesmos, tratamos as falhas dos outros com a mesma compreensão e paciência com que gostaríamos de ser tratados.


3. Seja misericordioso. 

Uma atitude de compreensão e misericórdia reflete o caráter de Cristo em nós. Se quisermos ter bons relacionamentos, precisamos nos esforçar para entender as circunstâncias e lutas dos outros, oferecendo apoio e compaixão em vez de julgamento.


SUBSIDIO 3

Professor (a), explique que, como crentes, devemos evitar as críticas e amar a todos. Porém, “Cristo não negou a necessidade de exercitar o discernimento ou de fazer julgamentos de valores com relação ao pecado na vida dos outros. Certamente devemos fazer isto a fim de nós mesmos evitarmos o pecado.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1210.)


CONCLUSÃO

Esta lição nos oferece uma visão clara sobre o julgamento alheio, enfatizando que essa prerrogativa pertence exclusivamente a Deus. A tendência humana de julgar precipitadamente, sem pleno conhecimento e muitas vezes por orgulho, deve ser substituída por uma atitude de humildade e compreensão. Deus, sendo o único juiz justo e conhecedor de todas as coisas, chama-nos a deixar toda avaliação em suas mãos. Ao evitar a condenação e promover a misericórdia, refletimos a verdadeira autenticidade cristã e caminhamos mais próximos do coração de Deus. Que possamos praticar a graça e a compaixão, deixando o julgamento para aquele que é verdadeiramente digno e capaz de exercê-lo.


A Bem-Aventurança dos que Ouviram a Palavra de Deus

 Título: "A Bem-Aventurança dos que Ouviram a Palavra de Deus"

Introdução:

Em Lucas 11, versos 27 a 28, uma mulher da multidão se exalta ao declarar que a mãe de Jesus foi abençoada por ter dado à luz o Salvador. Contudo, Jesus responde com uma afirmação poderosa: "Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam". Aqui, Jesus nos ensina que a verdadeira bênção não está apenas na relação física com Ele, mas naqueles que ouvem e praticam a palavra de Deus. A verdadeira bem-aventurança é experimentada por aqueles que obedecem à Sua voz e seguem Seus ensinamentos.

Reflexões:

  1. A verdadeira bem-aventurança vem de ouvir e obedecer a Deus: Jesus não desconsidera a honra de Sua mãe, mas Ele nos mostra que a verdadeira bênção não está em algo físico, como ser mãe de Jesus, mas em ouvir e praticar a Sua palavra. A bem-aventurança é dada àqueles que se entregam à vontade de Deus, não apenas aos que têm uma conexão superficial com Ele.

    Reflexão: Como você tem buscado a verdadeira bênção de Deus em sua vida? Está ouvindo e obedecendo à Sua palavra ou apenas buscando momentos de conforto espiritual sem compromisso com a prática?

  2. A Palavra de Deus é um convite para uma vida transformada: Jesus destaca a importância de ouvir e guardar a palavra de Deus. Isso nos chama a uma transformação contínua. Não basta ouvir as Escrituras de forma passiva, mas precisamos internalizar seus ensinamentos e aplicá-los em nossas ações diárias.

    Reflexão: Você tem permitido que a palavra de Deus transforme sua vida? Ou você tem se limitado a ouvi-la sem deixá-la impactar suas atitudes e decisões?

  3. A importância de praticar o que aprendemos: O ouvir a palavra de Deus não é suficiente. Jesus nos ensina que, para vivermos a verdadeira bem-aventurança, precisamos praticar o que Ele nos ensina. A verdadeira fé se manifesta em ações. Quando vivemos conforme a palavra de Deus, experimentamos a verdadeira felicidade e paz.

    Reflexão: Como você tem praticado os ensinamentos de Jesus no seu dia a dia? Existe alguma área da sua vida onde você precisa aplicar mais os princípios do Evangelho?

Aplicações Práticas:

  1. Dedique tempo para ouvir a palavra de Deus diariamente: Reserve um tempo diário para ler a Bíblia e meditar sobre o que Deus está dizendo a você. Permita que Suas palavras moldem sua vida, suas decisões e seu caráter. A palavra de Deus é viva e eficaz, e ao se aprofundar nela, você estará mais preparado para viver de acordo com Sua vontade.

  2. Coloque em prática o que você aprende: Não se contente em ser apenas um ouvinte, mas seja um praticante da palavra. Identifique áreas em sua vida onde você pode aplicar os ensinamentos de Jesus, seja no trabalho, em casa ou nas suas relações. Vivendo conforme os princípios de Cristo, você será um exemplo vivo da Sua palavra.

  3. Busque um relacionamento pessoal com Deus, baseado em obediência: Mais do que realizar práticas religiosas externas, Deus deseja que nosso relacionamento com Ele seja profundo e verdadeiro, baseado na obediência. Quando você ouve a palavra de Deus, busque não apenas entendê-la, mas também obedecê-la de todo o coração, permitindo que ela mude a maneira como você vive.

Oração:

Senhor, nós Te agradecemos por Tua palavra que é viva e eficaz. Pedimos que nos ajude a ouvir e praticar Seus ensinamentos de forma constante. Que não sejamos apenas ouvintes, mas praticantes da Sua palavra, buscando viver conforme os princípios do Teu reino. Encha nosso coração de desejo de Te agradar e de obedecer a tudo o que nos ensinas. Que possamos viver a verdadeira bem-aventurança, que vem de uma vida de obediência a Ti. Em nome de Jesus, amém.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

LIÇÃO 9 - QUEM É O ESPIRITO SANTO ?

 


Joao 14.16,17,26; 16.7-14



INTRODUÇÃO

A identidade do Espírito Santo é revelada nas Escrituras desde o livro de Gênesis até o Apocalipse. É fato que a Igreja desde os dias apostólicos o reconhecia como Deus igual ao Pai e ao Filho. Essa deidade absoluta do Espírito Santo é revelada de maneira direta, nos seus atributos divinos e nas suas obras e funções pertencentes a Deus. Todos nós precisamos estudar e conhecer essa verdade bíblica, pois desde a antiguidade existem heresias sobre a Terceira Pessoa da Trindade. É sobre isso que vamos estudar na presente lição.

1. O outro Consolador (14.16).

Jesus disse aos seus discípulos que estava voltando para o Pai, mas que continuaria cuidando da Igreja, pelo seu Espírito Santo, seu Paracleto, alguém como Ele, que teria o mesmo poder para preservar o seu povo.

A palavra “outro”, nesta passagem é, no grego, allos, e significa “outro”, da mesma natureza, mesma espécie e mesma qualidade. Se o Espírito fosse uma força ativa, impessoal, conforme o ensino equivocado das Testemunhas de Jeová, a palavra correta para “outro” seria heteros, que significa: “outro do usual, diferente”. O Dicionário Vine afirma: “O termo allos expressa uma diferença numérica e denota ‘outro do mesmo tipo’; o termo heteros expressa uma diferença qualitativa e denota ‘outro de tipo diferente’. Cristo prometeu enviar ‘outro Consolador’ — allos, ‘outro como Ele’, não heteros (Jo 14.16)”.


2. O Paracleto (16.7).

O termo se refere ao Espírito Santo, mas os dicionários da língua portuguesa afirmam que se trata de uma pessoa que defende e protege alguém. O termo grego paraklētos vem da preposição pará, “ao lado de, próximo”, e do verbo kaléō, “chamar, convocar”, de modo que essa palavra significa “defensor, advogado, intercessor, auxiliador, ajudador. Paracleto, então, é o Consolador. O Consolador é enviado pelo Pai em nome de Jesus para ensinar os discípulos e fazer lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para testificar dEle (Jo 15.26).


3. Seu uso no Novo Testamento.

O termo “paracleto” aparece apenas cinco vezes no Novo Testamento, nos escritos joaninos, quatro vezes no Evangelho, referindo-se ao Espírito Santo (Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7). Além dEle o nome é aplicado ao Senhor Jesus e traduzido por “Advogado” (1 Jo 2.1).

II – SUA DEIDADE, ATRIBUTOS E OBRAS

1. Sua deidade.

A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia de maneira que os nomes Deus e Espírito Santo aparecem sempre de forma alternada, tanto no Antigo Testamento como no Novo. O Espírito Santo é Javé na vida de Sansão: “o Espírito do Senhor possantemente se apossou dele” (Jz 15.14); no entanto, na sequência, lemos que depois de traído por Dalila, Sansão “(...) não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele” (Jz 16.20). Assim, tanto o Espírito de Javé e Javé, ou seja, o Espírito do Senhor e o Senhor são nomes divinos usados alternadamente. Fica claro, no Antigo Testamento, que o Espírito Santo é o próprio Deus. Esse tipo de linguagem na Bíblia mostra que Ele é Javé. Compare Êxodo 17.7 com Hebreus 3.7-9; Deus de Israel (2 Sm 23.2,3). Essa forma de apresentação é frequente na Bíblia (At 5.3, 4; 1 Co 3.16; 2 Co 3.16-18).


“Jesus disse que o Consolador é o próprio Espírito Santo. A promessa do Senhor Jesus é ‘para que fique convosco para sempre’ (Jo. 14.16).”


2. Seus atributos.

A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia também nos seus atributos divinos, como acontece com o Senhor Jesus Cristo. Ele é onipotente (Rm 15.19), e as Escrituras Sagradas ensinam ser o Espírito a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4; 1 Co 12.9-11). A onipresença é outro atributo incomunicável de Deus presente na Terceira Pessoa da Trindade, o que mostra ser Ele onipresente (Sl 139.7-10). Ele conhece todas as coisas, até as profundezas de Deus (1 Co 2.10,11); conhece o coração dos seres humanos (Ez 11.5; At 5.3-9; Rm 8.26,27) e é conhecedor do futuro (Lc 2.26; Jo 16.13; At 20.23), isso por ser Ele onisciente. Possui o atributo da eternidade, pois é chamado de “Espírito eterno” (Hb 9.14).


3. Suas obras.

São inúmeras as obras de Deus efetuadas pelo Espírito Santo. Ele gerou Jesus Cristo (Lc 1.35), dá a vida eterna (Gl 6.8), guia o seu povo (Sl 143.10; Is 63.14; Rm 8.14; Gl. 5.18), é o Senhor da Igreja (At 20.28) e santificador dos fiéis (Rm 15.16; 1 Pe 1.2). O Espírito habita nos crentes (Jo 14.17; Rm 8.11; 1 Co 3.16), é o autor do Novo Nascimento (Jo 3.5,6; Tt 3.5), da vida (Ez 37.14; Rm 8.11-13) e o distribuidor dos dons espirituais (1 Co 12.7-11). Essas obras são exclusivas de Deus, realizadas pelo Pai, Filho e o Espírito Santo. Essas obras divinas evidenciam que o Espírito Santo é Deus igual ao Pai.

III – HERESIAS ANTIGAS E NOVAS

1. As primeiras heresias.

Não havia consenso sobre o Espírito Santo no Oriente nas primeiras décadas depois do Concílio de Niceia. Havia diversas interpretações.


a) Os arianistas.

Ário considerava também o Espírito Santo como criatura, embora esse tema tivesse fora das discussões na época, pois o foco dos debates estava no Filho. Eunômio, um dos arianistas mais radicais, considerava o Espírito Santo como a mais nobre das criaturas produzidas pelo Filho a pedido do Pai, dizia que “o Filho é o criador do Espírito”.


b) Tropicianos.

Eram uma seita do Egito, cujo nome vem de tropos, “figura”. Atanásio assim o denominou por causa da exegese figurada deles, diziam ser o Espírito Santo um anjo e uma criatura.


c) Pneumatomacianos.

Surgiram depois dos tropicianos. O termo pneumatomachoi vem de pneuma, “espírito”, e machomai, “falar mal, contra”, eram os “opositores do Espírito”. Eustáquio de Sebaste (300-380) foi o principal defensor dessa heresia, o movimento negava a divindade do Espírito Santo.


2. As heresias na atualidade.

O grupo religioso das Testemunhas de Jeová é seguidor da antiga linha teológica dos arianistas. Seus líderes negam a divindade e a personalidade do Espírito Santo; em sua literatura, grafam seu nome com letras minúsculas. Por exemplo, a Tradução do Novo Mundo (TNM) substitui o “Espírito de Deus” por “força ativa de Deus” (Gn 1.2) e usa a expressão: “e todos ficaram cheios de espírito santo” (At 2.4). A expressão hebraica rûach ’ĕlōhîm, “Espírito de Deus”, aparece 11 vezes no Antigo Testamento e somente nessa passagem é traduzida na TNM por “força ativa de Deus”. 


3. O Espírito Santo em outras religiões.

Em algumas religiões no Oriente, a noção sobre o Espírito Santo é confusa, mas se aproxima do pensamento antigo desses heresiarcas, “de modo que nada há novo debaixo do sol” (Ec 1.9).


a) Uma crença estranha. Os intelectuais da religião islâmica, por exemplo, se apegam às palavras do Alcorão atribuídas a Jesus: “sou para vós o Mensageiro de Allah, para confirmar a Tora, que havia antes de mim, e anunciar um Mensageiro, que virá depois de mim, cujo nome é Ahmad” (61.6). Eles interpretam essa passagem corânica como cumprimento da promessa que Jesus fez sobre a vinda do Consolador, do Paracleto. Eles confundem a palavra grega periclytós, “renomado ao redor, ilustre”, com paraklētos (Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7). Assim, concluem equivocamente que Maomé é o Consolador prometido por Jesus. Convém lembrar que periklytós não é uma palavra bíblica, não aparece em lugar algum da Bíblia Sagrada, nem no Novo Testamento grego e nem na Septuaginta.


b) Resposta bíblica. Jesus disse que o Consolador é o próprio Espírito Santo (Jo 14.26). A promessa do Senhor Jesus é “para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). Trata-se de um ser que não morre, mas sim que vive para sempre, pelos séculos dos séculos. Jesus disse também que o Consolador “habita convosco e estará em vós” (Jo 14.17) e que, “quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim” (Jo 15.26). Assim, o Espírito Santo testifica de Cristo, o nosso Senhor.

CONCLUSÃO

Vimos que a deidade e a personalidade do Espírito Santo estão presentes em toda a Bíblia de maneira abundante e tem sido crença da Igreja desde o princípio, por isso a relevância da defesa dessa doutrina. O Consolador é enviado pelo Pai, em nome de Jesus, para ensinar os discípulos e fazer lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para testificar dEle. Não é possível uma força ativa e impessoal ser enviada em nome de alguém tendo tais atributos.