Os movimentos dentro da igreja visavam tira-la de um caminho
errado, ou seja, de desvios doutrinários, inovações e heresias (A REFORMA PROTESTANTE)
e também da acomodação.
1 - Os alicerces do
Movimento de Santidade
Embora o movimento tenha
surgido entre os metodistas americanos no século XIX para reavivar um aspecto
que não estava mais sendo tão enfatizado: a santidade.
Ele não ficou limitado às igrejas metodistas,
alcançando também outras denominações, como: a Congregacional, a Batista e a
Episcopal.
1.1. A importância do
Movimento de Santidade.
Entre outras coisas, a
teologia do Movimento de Santidade pregava a procura pela reforma espiritual da
igreja; daí a importância de conhecer sua influência na formação da identidade
teológica do Movimento.
O líder mais destacado e
influente da busca por uma vida cristã mais elevada no século XIX foi Phoebe Worral
Palmer (1807-1874). Era uma metodista leiga. Ela nunca foi
ordenada, mas sua influência foi tão significativa, que foi chamada de “a
teóloga mais influente que a igreja já teve”
1.2. A origem do
Movimento de Santidade.
O Movimento de Santidade nasceu em meados do
século XIX(1860), nos EUA.
Os metodistas queriam
restaurar suas igrejas, por isso se voltaram para uma vida de santificação.
Entre o que defendia o
Movimento de Santidade, estava a santificação como uma providência divina para
a vida cristã.
A partir daí, as
atividades voltadas para uma vida espiritual mais intensa e fervorosa no
Espírito se tornaram uma característica permanente do cenário religioso
norte-americano. A teologia do Movimento de Santidade tinha a atuação do
Espírito Santo como fator principal para o cristão ser lavado de todo pecado,
sendo capaz de viver uma vida de santidade, não tendo mais vontade de pecar.
1.3. O ensinamento da
segunda bênção.
O Movimento de Santidade visava gerar
santidade no crente por meio de exercícios de transformação para uma vida bem
avivada.
Assim, eles procuravam reforçar a pregação da
"segunda bênção, ou seja, da doutrina Wesleyana da Perfeição Cristã.
Essa doutrina ensinava a segunda obra distinta
da justificação, conhecida também como "santificação plena, perfeito amor
e pureza de coração': Estudos apontam que o ensinamento da "segunda
bênção, foi se difundindo ao longo do tempo.
1ª BENÇAO –
REGENERAÇÃO/NOVO NASCIMENTO/JUSTIFICAÇÃO
2ª BENÇAO – SANTIFICAÇÃO
PLENA/A PERFEIÇÃO CRISTÃ
Definição de Perfeição Cristã
Para Wesley, a perfeição cristã consiste em amar a Deus de todo o coração,
alma, mente e força, e ao próximo como a si mesmo. Isso implica uma pureza de
intenções, onde todas as ações e pensamentos são direcionados para agradar a
Deus. Ele enfatiza que essa perfeição não é uma ausência de ignorância ou erro,
mas uma libertação do pecado intencional e da impureza interior.
Características da Perfeição Cristã
Wesley destaca que a perfeição cristã é:
·
Amor Perfeito:
Um amor puro que governa todas as ações, eliminando sentimentos como inveja,
malícia e orgulho.
·
Devoção Total a Deus:
Uma vida inteiramente dedicada a Deus, buscando refletir a imagem divina em
todas as áreas da vida.
·
Semelhança com Cristo:
Desenvolver a mente de Cristo, resultando em uma conduta que espelha a de
Jesus.
Ele esclarece que essa perfeição não significa uma isenção de fraquezas
humanas ou erros involuntários, mas sim uma vitória sobre o pecado deliberado e
uma purificação do coração.
Processo de Alcançar a Perfeição
Wesley acredita que a perfeição cristã é alcançada através de um processo
contínuo de santificação, possibilitado pela graça de Deus. Esse processo
envolve uma cooperação entre a graça divina e a resposta humana, onde o crente
é chamado a utilizar os meios de graça, como a oração, a leitura das Escrituras
e a participação nos sacramentos, para crescer em santidade.
O Holiness Movement
defendia:
Santificação Instantânea:
Além da conversão, o crente deveria buscar uma experiência de santificação
total pelo Espírito Santo.
Vida sem Pecado
Intencional: Os seguidores acreditavam que, após a santificação, poderiam viver
uma vida sem cometer pecados deliberados.
Batismo no Espírito Santo
(antes do Pentecostalismo): Acreditavam que a santificação era uma obra do
Espírito Santo, preparando o caminho para uma vida cheia de poder espiritual.
Evangelismo e Reforma
Social: O movimento se envolveu ativamente em causas como abolição da
escravatura, direitos das mulheres e temperança (proibição do álcool).
Influência
O Holiness Movement teve um impacto duradouro
no cristianismo americano e global:
- Surgimento de Novas Denominações:
Muitas igrejas surgiram desse movimento, incluindo a Igreja do Nazareno,
a Igreja de Deus (Anderson, Indiana) e a Igreja Wesleyana.
- Influência no Pentecostalismo: No
início do século XX, muitos pentecostais vieram do Holiness Movement. O
conceito de "segunda bênção" foi reinterpretado como o Batismo
no Espírito Santo com evidência de línguas, levando ao nascimento do Movimento
Pentecostal.
- Impacto em Missões e Evangelismo: O
movimento fortaleceu o compromisso missionário e o evangelismo ao redor do
mundo.
2 -O surgimento de outros
movimentos
Além do Movimento de
Santidade, dois outros movimentos avivalistas se destacam na história da Igreja
no século XIX, a saber: O Movimento de Keswick e o trabalho de Edward Irwing,
ambos na Inglaterra.
Veremos dois aspectos
desses movimentos que estão presentes também nos ensinamentos pentecostais: o
batismo no Espírito Santo e o falar em línguas como sinal do batismo no
Espírito Santo e a atualidade dos dons espirituais.
2. 1 O Movimento Keswick.
O Movimento Vida
Superior, por vezes mencionado como Movimento Keswick
pelo fato de as reuniões
terem sido realizadas no vilarejo de mesmo nome, no noroeste da Inglaterra.
Ali, uma série de reuniões aconteceram a partir de 1875, como resultado de
dois embates quanto à
santidade bíblica: um em Oxford {1874) e outro em Brighton (1875), ambos também
na Inglaterra. Os palestrantes de Keswick criam que o batismo com o Espírito
Santo brotava em uma vida de triunfo ininterrupto, à qual eles titulavam de
"vida superior», ou seja, uma vida mais intensa ou mais altiva,
diferenciada pela plenitude do Espírito.
Tema: O
Movimento de Keswick e a Vida de Santidade
Texto Base: Romanos
6:11-14; Gálatas 2:20
1.
Introdução
- O que é o Movimento de Keswick?
- Origem e contexto histórico (final do século XIX, na cidade de
Keswick, Inglaterra).
- Seu impacto no evangelicalismo mundial.
2.
Princípios Fundamentais
- Santificação como um Segundo Passo – A ideia de uma entrega total a Deus após a conversão.
- Vida Vitoriosa sobre o Pecado –
Ensina que os crentes podem viver uma vida santa por meio da rendição
total ao Espírito Santo.
- Descanso na Fé –
Enfatiza que a santificação não vem pelo esforço humano, mas pela
confiança na obra de Deus.
- Cristo como Vida – A
vida cristã eficaz depende de Cristo vivendo em nós.
3.
Passagens Bíblicas Chave
- Romanos 6:11-14 –
Chamado à santidade.
- Gálatas 2:20 –
"Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim."
- 1 Tessalonicenses 5:23 –
Deus quer nossa santificação integral.
4.
Influência do Movimento
- Como influenciou pregadores como Hudson Taylor, D.L. Moody e Andrew
Murray.
- Sua relação com o movimento pentecostal e a ênfase no Espírito
Santo.
5.
Aplicação Prática
- Como podemos viver essa entrega total a Deus no nosso dia a dia?
- Desafios e bênçãos de uma vida de santificação.
6.
Conclusão
- O Movimento de Keswick nos lembra que Deus nos chama a uma vida de
santidade.
- A vitória sobre o pecado vem pela fé e não pelo esforço próprio.
- Nossa vida deve ser totalmente entregue a Deus para que Ele viva
através de nós.
2.2. O Movimento de
Edward Irving.
Edward Irving nasceu em
Annan, Escócia, em 4 de agosto de 1792. O Movimento de Irving ensinava sobre os
dons do Espírito Santo e a restauração do ministério apostólico.
Por ser um pregador
poderoso, atraiu grandes multidões, inclusive membros do parlamento e outros
cidadãos insignes de Londres. Um enorme auditório foi construído na Regent
Square, mas mesmo ele lotou rapidamente sua capacidade.
O entendimento de Irving
sobre os dons do Espírito Santo se desenvolveu simultaneamente à doutrina da
encarnação que tanto lhe trouxe conflitos ferozes com os hierarcas da Igreja.
Esta era sua posição: embora Cristo nunca tenha pecado, na encarnação ele tomou
sobre si a carne pecaminosa da humanidade. Para Irving, o poder que deu a Cristo
a vitória sobre Satanás e o pecado não foi a deidade que possuía, mas a
presença do Espírito Santo que nele habitava. A vida terrena de Cristo era,
assim, um protótipo daquilo que todo cristão deve experimentar, ao menos em
parte.
Essa concessão de poder
do Espírito se tornou, para Irving, uma convicção importante; ao comentar a ideia
de que os dons espirituais cessaram entre os crentes, ele disse: “Se me pedirem
por uma explicação sobre se esses poderes cessaram na Igreja, eu respondo que
eles diminuíram tanto quanto a fé e a santidade; mas que eles tenham cessado
não está claro. Até à época da reforma, essa opinião nunca fora debatida na
Igreja; e até hoje os Católicos Romanos, e qualquer outro segmento da Igreja
crê no oposto, exceto a Gente.”
Os principais interesses
de estudo deste movimento concentravam-se nas áreas da cristologia,
pneumatologia e escatologia. Além de pregar uma série de sermões sobre o dom do
Espírito Santo, Irwing procurava levar a congregação a participar de encontros
de oração para buscar os dons espirituais. Embora a maior parte da congregação
apoiasse
Irving na sua busca pelos
dons espirituais, muitos líderes importantes se lhe opuseram veementemente. Durante
três meses ocorreram manifestações similares do Espírito. Nesse ponto, os administradores
da igreja de Regent Square pediram a intervenção do presbitério da denominação.
Num julgamento eclesiástico, Irving foi condenado por permitir que pessoas sem
ordenação ou autorização oficial conduzissem cultos públicos. Ele foi removido
do pastoreio da igreja de Regent Square e, em 4 de maio, foi expulso de sua
igreja. O presbitério então tentou acusá-lo de manter posições heréticas sobre
a pessoa e a humanidade de Cristo. Posteriormente, em 13 de março de 1833, ele
foi condenado por aquelas acusações e excomungado de seu ministério na Igreja
da Escócia.
A maioria dos membros da
Regent Square seguiu Irving e formou uma nova congregação na Rua Newman, a
Igreja Católica Apostólica. Irving e seus companheiros acreditavam que Deus
estava restaurando todos os dons, os ministérios e o poder da igreja primitiva.
Pelos próximos dois anos, 12 homens da congregação foram separados como
apóstolos. Isso foi feito principalmente com base nas profecias. O próprio Irving
foi indicado como anjo ou pastor da congregação, e por toda Grã-Bretanha
igrejas e pastores do mesmo tipo começaram a se ligar à igreja da Rua Newman.
Nessa época, Irving
começou a formular livremente suas reflexões sobre batismo no Espírito Santo e dons
espirituais. Seus longos escritos sobre o assunto revelam sua posição sobre o
batismo do Espírito como uma concessão de poder posterior à regeneração. Ele
também diz que o batismo do Espírito tem um “[…] sinal permanente” que é “[…] a
fala em línguas”. Portanto, 70 anos antes do início do avivamento pentecostal
moderno, Irving já havia formulado a doutrina pentecostal clássica.
O envolvimento de Irving
com a Igreja Católica Apostólica foi curto. Em setembro de 1834, já com a saúde
fragilizada, ele viajou a cavalo de Londres a Glasgow, onde fundou uma nova
congregação. Quando sua saúde se deteriorou velozmente, foi diagnosticado com
tuberculose. Finalmente recolhido à sua cama, faleceu em 7 de dezembro de 1834,
aos 42 anos. Seu funeral, na Catedral de Glasgow, foi acompanhado por uma
grande multidão, na qual se encontravam muitos dos que se lhe opuseram. O texto
do sermão foi 2 Samuel 3.38: “Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um
grande?” (ACF).
George Stracham,
estudioso da vida e da teologia de Irving, afirma que os escritos dele
durante seus últimos anos
revelam “uma mente lúcida e organizada que desvelou todo um sistema teológico”.
Larry Christenson, um
carismático luterano, escreve: Ele era um homem à frente do seu tempo, pois
apontava coisas que iriam acontecer com o grande corpo da igreja no futuro. Ele
não foi somente o precursor da Igreja Católica Apostólica, mas de todo o
fenômeno pentecostal do século XX. As coisas que ele disse e fez, suas ênfases
e suas preocupações, que foram amplamente rejeitadas no seu tempo, tornaram-se
lugar comum no Movimento Pentecostal do nosso tempo.
2.3. A expectativa de um
novo Pentecoste.
O estudo dos muitos movimentos de renovação da
Igreja mostra que, no final do século XIX, tanto nos Estados Unidos quanto do
outro lado do oceano Atlântico, havia entusiasmo e expectativa por um intenso
derramamento do Espírito Santo em diferentes denominações. O assunto estava em
muitas publicações, além de pregações, acampamentos e encontros serem
organizados em torno do propósito de buscar mais de Deus. Assim, o cenário foi
sendo preparado para a chegada do Movimento Pentecostal, no início do século
XX. Que o Espírito Santo continue encontrando corações desejosos de receber
mais do Senhor e nos ajude a permanecer atentos aos alertas bíblicos quanto aos
últimos dias (Mt 24.12; 2Tm 3.1 ).
3- Os Pentecostais e o
Movimento de Santidade
Um grande despertar
ocorreu após o Movimento de Santidade. A partir dele, a fala e a simbologia do
Pentecostes neotestamentário começou a prosperar com mais frequência nas
igrejas. Os pastores passaram a dar mais ênfase ao Pentecostes, como modelo dos
avivamentos, e à relevância de buscar o vigor e o poder do cristianismo
primitivo.
3.1. O desenvolvimento
dos aspectos
Uma análise detalhada do
embasamento teológico dos movimentos aqui descritos é capaz de mostrar o
aumento, em diferentes publicações e eventos, do uso de uma terminologia
própria do discurso pentecostal. Segundo Dayton (2018): os
"desenvolvimentos teológicos (salvação, batismo no Espírito Santo, cura
divina, escatologia) prepararam o palco para o surgimento do Pentecostalismo.
Praticamente cada uma das alas do avivalismo, no final do século XIX, estava
ensinando uma forma ou outra de todos os temas básicos do
Pentecostalismo".
3.2. A influência sobre o
pentecostalismo estadunidense.
Um nome que se destaca na
história do Movimento Pentecostal do início do século XX
é o de Charles Fox Parham
(1873-1929), pregador metodista com influência do Movimento de Santidade. E
importante lembrarmos que Parham estava vivenciando um contexto de intenso
desejo por uma vida mais santificada e capacitada para o evangelismo mundial.
Na ânsia de se aprofundar mais no conhecimento e na experiência, como tantos
outros em seu tempo, ele se esforçou para conhecer vários ministérios. Parham
estava convicto de que havia restado um grande derramamento de poder para os
cristãos da geração atual (HYATT, 2021, p.173}. Ele passou a defender o
argumento teológico de que as línguas são evidência inicial do batismo no
Espírito Santo.
Charles Fox Parham foi um importante líder religioso e evangelista
norte-americano, mais conhecido por ser um dos fundadores do movimento
pentecostal no final do século XIX e início do século XX
Parham, que começou como um pregador metodista, fundou uma escola bíblica em
Topeka, Kansas, onde ocorreu um evento que ficou marcado como o início do
pentecostalismo moderno: a experiência do "baptismo no Espírito
Santo" com a evidência do falar em línguas, em 1901. Ele defendia a ideia
de que o Espírito Santo capacitava os crentes de forma distinta, com uma
experiência espiritual que era sinalizada pelo dom de línguas.
Parham foi uma figura controversa e, embora tenha tido um papel central na
origem do pentecostalismo, ele acabou se afastando de muitos dos grupos que ele
próprio havia influenciado, devido a divergências doutrinárias e pessoais.
González, ao tratar desse período e do movimento pentecostal, destaca a
importância de Parham, mas também sublinha as dificuldades e complexidades que
marcaram sua trajetória, incluindo as tensões dentro do movimento e as suas
limitações. O movimento pentecostal, que se espalhou rapidamente após o evento
de Topeka e outras experiências subsequentes, foi um marco significativo no
cristianismo moderno, influenciando a dinâmica das igrejas protestantes,
especialmente nas décadas seguintes.
Portanto, de acordo com os
escritos de Justo L. González, Charles Fox Parham é visto como uma figura
fundamental no surgimento do pentecostalismo, embora sua liderança tenha sido
marcada por controvérsias e conflitos internos.
O evento de Topeka em 1901 foi um marco
fundamental no início do movimento pentecostal moderno. O acontecimento
ocorreu na cidade de Topeka, no estado do Kansas, e envolveu um
grupo de estudantes da Bethel Bible College, uma escola fundada por Charles
Fox Parham, um pregador metodista e líder religioso. Este evento é
frequentemente considerado o nascimento do pentecostalismo contemporâneo.
O Contexto:
Parham acreditava que a experiência do baptismo
no Espírito Santo, algo que ele via como uma segunda experiência de graça
após a conversão, deveria ser acompanhada por um sinal visível, e esse sinal
seria o falar em línguas (glossolalia), como descrito no livro de Atos
dos Apóstolos, no Novo Testamento.
O Evento:
Em 31 de dezembro de 1900, um grupo de
estudantes da Bethel Bible College, sob a direção de Parham, começou a orar e
estudar sobre o baptismo no Espírito Santo e o dom das línguas. Durante
o culto de oração, Agnes Ozman, uma das alunas, foi a primeira a começar
a falar em línguas, o que os participantes interpretaram como uma evidência de
que ela havia recebido o baptismo no Espírito Santo.
Este evento foi o ponto de partida para um
movimento mais amplo, com muitos outros estudantes também passando pela mesma
experiência e falando em línguas. Parham, que estava convencido de que o dom de
línguas era um sinal visível do Espírito Santo, viu o evento como a confirmação
de suas crenças doutrinárias.
O Impacto:
O evento de Topeka, embora tenha ocorrido em
uma pequena cidade e com um número relativamente reduzido de participantes,
teve um grande impacto no cristianismo, particularmente no desenvolvimento do movimento
pentecostal. Ele foi um precursor dos grandes avivamentos que ocorreriam
mais tarde, como o avivamento de Azusa Street, em Los Angeles, em 1906,
que ajudaria a propagar as ideias pentecostais para uma audiência muito mais
ampla.
Esse evento também foi importante para a
ênfase do pentecostalismo no baptismo no Espírito Santo, como uma
experiência subsequente à conversão, e a crença no falar em línguas como
evidência dessa experiência. Esses ensinamentos seriam centrais para o
crescimento do movimento pentecostal nas décadas seguintes.
Conclusão:
O evento
de Topeka em 1901 é visto como o momento inicial do pentecostalismo
moderno. Embora Parham não tenha sido capaz de consolidar o movimento em grande
escala durante sua vida, o que começou em Topeka se espalhou e se transformou
em uma das correntes mais influentes dentro do cristianismo global, com milhões
de seguidores ao redor do mundo.
3.3. A influência na Rua
Azusa.
Em 1905, em Los Angeles,
as Igrejas do Movimento de Santidade estavam vivenciando um grande renovo. Os
crentes oravam intensamente por um derramamento do poder de Deus. Segundo Synan
(2009, p. 67), o jornal Caminho da Fé publicou as palavras do pregador do
Movimento, em novembro de 1905: "Los Angeles parece ser o lugar e o tempo,
na mente de Deus, para a restauração da Igreja': Em 1906, William Seymour,
pastor de uma igreja do Movimento de Santidade em Houston, no Texas, recebeu o
convite para pastorear uma igreja da santidade em Los Angeles. Em sua primeira
pregação, baseada em Atos 2.4, ele ensinou o que aprendeu com Charles Fox
Parham: "Falar em línguas é a evidência inicial do batismo no Espírito
Santo':
CONCLUSAO
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