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sexta-feira, 2 de maio de 2025

LIÇAO 5 - DAVI : PROVADFO PELO CIUME

 



 “Guardem-me a sinceridade e a retidão, porquanto espero em ti.” (Sl 25.21).

 

1 Samuel 18.7-16.

INTRODUÇÃO

 

A partir da derrota de Golias, a vida de Davi passou a ser ameaçada constantemente por Saul.

 Em crises crescentes de ciúmes e revolta, o rei constantemente conspirava para matar o ungido do Senhor.

Nessa lição falaremos sobre os ciúmes e suas características, desenvolvendo uma análise sobre o que houve nos dias de Davi.

 

I. O CIÚME DE SAUL

1. Um rei ciumento. O ciúme é um sentimento danoso que traz tristeza, frustração e prejudica a capacidade de refletir com clareza (Tg 3.16; Pv 14.30; Pv 27.4). O dia da vitória de Davi sobre Golias foi celebrado por todos, porém despertou no rei uma diferente percepção e uma crescente indisposição para com o jovem.

A derrota dos filisteus evidenciou o fato de Deus estar com Davi, e não mais com o rei (1Sm 18.10-12). Em reconhecimento a tal feito, o jovem foi elevado à posição de liderança no exército de Israel e passou a ser admirado e respeitado por muitos. Os cânticos que ecoavam o feito de Davi (1Sm 18.6-8) traziam inveja e provocava um crescente ciúme em Saul: gradativamente o rei ficou descontrolado e movido por um desejo de destruir o suposto “adversário”.

Como é triste quando um líder, como Saul, é tomado por ciúmes e inveja de seus liderados. Todas as suas percepções serão turvadas pela amargura e o medo de ser ofuscado. Não haverá satisfação nas conquistas, pois sempre será assombrado pelos temores de sua própria mente doentia. E o seu principal objetivo será desqualificar os demais, esquecendo-se assim do que deveria ser prioridade.

2. Prossigo para o alvo. O ciúme pode ser superado mediante o direcionamento divino em nossas vidas. No entanto, devemos buscar em Deus sempre uma postura baseada no amor (1Co 13.4-8) e no desejo que o nosso próximo seja abençoado.

Se negligenciarmos o problema do ciúme, permitiremos uma série de dificuldades como: a abertura a outros pecados, a ira violenta, o rancor e a falta de sensibilidade para as questões espirituais (Tg 3.14-17). Como consequência, famílias sofrerão, amizades serão destruídas, vínculos serão quebrados e projetos serão desfeitos. O ciúme ofusca nossa visão e nos impede de alcançar nosso alvo maior.

  

II. UM HOMEM COM PRINCÍPIOS  

 1. Saul, o escolhido de Deus. Muitos, equivocadamente, acreditam que Saul não foi escolhido por Deus e nem buscava obedecer ao Senhor. A verdade é bem diferente. O texto sagrado nos informa que Saul foi escolhido por Deus (1Sm 9.16), ungido por Samuel (1Sm 10.1) e foi cheio do Espírito de Deus chegando a profetizar (1Sm 10.11).

Tanto Davi quanto Saul foram ungidos pelo mesmo profeta e escolhidos por Deus. No entanto um manteve-se fiel (e ao cair, buscou levantar-se), já o outro, não. Ser escolhido por Deus é uma grande honra. Mas esse fato não garante o êxito ao longo da caminhada. Precisamos caminhar de acordo com a vontade do Senhor. Jovem: não basta ser filho de crentes piedosos, ou membros de uma igreja avivada, é preciso transbordar no amor que vem de Deus e buscar a real presença do Espírito Santo em sua vida.

No início do reinado, Saul fez o que era correto aos olhos do Senhor. Sempre buscava caminhar na direção de Deus e agia conforme a vontade divina, porém, próximo ao final de um reinado chegou até a consultar uma feiticeira e negligenciar as orientações divinas: literalmente “o fundo do poço”.

2. Um reinado de grandes feitos. Saul foi conduzido por Deus e, nos primeiros anos de seu reinado, foi responsável por trazer muitas vitórias para Israel (1Sm 11) e um forte combate a idolatria e feitiçaria (1Sm 28.9). Nesse primeiro período as campanhas militares proporcionaram a integração de uma grande área, os vínculos entre as tribos foram fortalecidos e o povo alegrou-se com a presença de um rei. Porém, não basta ser escolhido, é preciso ser conduzido pelo Senhor. E nesse quesito, o rei foi reprovado.

Saul, que começou bem seu reinado, foi afastando-se de Deus usurpando posições que não eram suas: desobedeceu ordens claras divinas (1Sm 15.1-35), ofereceu sacrifícios de forma ilegítima (1Sm 13.8-15), fez votos insensatos trazendo sofrimento aos seus (1Sm 14.24-30) e quase matou o seu próprio filho (1Sm 14.43-45), construiu uma coluna para sua própria glória (1Sm 15.12), se envolveu com feitiçaria (1Sm 28.7,8), perseguiu pessoas escolhidas por Deus e, finalmente, desviou-se por completo do bom caminho.

3. Davi, um homem de princípios. Ungido rei entre os seus irmãos mais velhos e “aparentemente aptos” aos olhos humanos, célebre pela batalha contra Golias, respeitado e admirado por multidões, perseguido por um rei implacável por longos anos e convicto de que um dia seria rei: um quadro que levaria muitos à impaciência e ao desejo de acelerar o tempo. Mas com Davi era diferente: paciente, temente e fiel ao Senhor, humilde, dedicado em aprender, zeloso em seus compromissos na corte, fiel ao rei e ao reino. Esse era o perfil de Davi, um homem que jamais tentou usurpar o trono de Saul e sempre se manteve firme em seus princípios agindo com muita inteligência emocional: um fator determinante em um tempo de tamanhas adversidades.

 III. INTEGRIDADE À PROVA DE CIÚMES  

1. A lógica humana. Ao olharmos a história de Davi, percebemos por diversas vezes a lógica humana nitidamente longe dos padrões divinos. A lógica humana defende autopromoção; a prevalência da força humana e da imagem vigorosa; da maioria numérica; do direito aos prazeres, à vingança, às riquezas, aos privilégios e ao domínio sobre o próximo; e muito mais. Fujamos dessa lógica e nos deixemos ser guiados pelo Senhor (Jo 17.16).

2. O homem dirigido por Deus. Quando estamos sob a direção divina escolhemos a sobriedade (Mt 23.12); a mansidão (Mt 5.5); a confiança no Senhor (Sl 91.7; Jz 7.4-7); a consolação (Mt 5.4); a satisfação em Deus (Sl 23.1); o amor e a intercessão (Mt 5.44), por exemplo. Vivemos na contramão da triste realidade encontrada em nossos dias (1Co 2.16): se a lógica mundana nos pede uma reação, Cristo nos mostra outro caminho. A forma como vivemos não faz sentido para os que são do mundo (1Co 1.27), mas reflete uma luz que, a seu tempo, pode promover uma verdadeira transformação para os que ainda não creem (Mt 5.14). Quando dirigidos por Deus, somos levados a um padrão elevado tendo em Jesus a nossa referência maior. Dessa forma, onde estivermos, ali as pessoas sentirão algo diferente e, por meio da vida dos cristãos, serão alcançadas por uma bênção especial.  

 

CONCLUSÃO

Ao longo dessa lição, pudemos refletir acerca de dois homens com perfis bastante distintos. Saul nos mostrou a lógica do mundo, a inclinação a fazer o mal e a se esquecer do Senhor. Davi nos mostrou um coração com princípios, integro e desejoso de caminhar na direção divina. Diante dessas duas histórias de vida, somos chamados a uma escolha: sigamos o bom exemplo!

 

 






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