Texto Aureo 2 Co 9.9
verdade aplicada: Contribuir com amor, alegria
e generosidade expressa qualidades do caráter cristão e gratidão a Deus.
Texto de Referência:
2 Coríntios 9.6-10
6 - E digo
isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em
abundância, em abundância também ceifará.
7 - Cada um
contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade,
porque Deus ama ao que dá com alegria.
8 - E Deus
é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre,
em tudo, toda a suficiência, superabundeis em toda boa obra,
9 -
Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para
sempre.
10 - Ora,
aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer; também multiplicará a
vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça.
Introdução
Uma das características da
igreja do primeiro século era a generosidade entre os irmãos, que também eram
abundantes em fé, palavra, conhecimento e vontade de ajudar os outros (2Co
8.7). Atitudes assim expressam qualidades do caráter cristão, além de ser uma
demonstração pública de reconhecimento e gratidão a Deus.
1 -
Ofertando com Alegria
Contribuir para o avanço do
reino de Deus é um privilégio, uma graça que vem do alto (2Co8.1). Deus tem
poder para nos dar mais do que precisamos, assim teremos sempre tudo que
necessitamos e para fazer boas obras (2Co9.7-9;EF 2.10).
1.1 - A Alegria de Contribuir
A
Generosidade como um Dom Espiritual
"Temos diferentes dons, de
acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar; use-o
na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se
é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente, se é
exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça
com alegria" (Rm 12.6-8)
Aqui o apóstolo Paulo considerou
a generosidade como um dom espiritual, ele lista diferentes dons espirituais
dados pelo Espírito Santo aos cristãos, e entre eles está o dom de
"repartir com liberalidade" ou "contribuir generosamente".
Isso indica que Paulo via a generosidade não apenas como uma atitude ou
comportamento, mas como uma capacitação espiritual concedida por Deus a alguns
crentes para abençoar os outros de maneira especial.
A
Generosidade não é um Peso
"Cada um contribua, segundo
propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao
que dá com alegria" (2Co 9.7)
A pessoa com esse dom não
contribui por obrigação, como se fosse um peso, mas sua contribuição parte do
coração e com alegria.
1.2 - Contribuindo de Coração
O Dom da Generosidade, segundo o
apóstolo Paulo, manifesta-se como capacidade especial de compartilhar recursos
materiais, tempo, apoio e encorajamento de maneira voluntária e abundante. Para
Paulo, esse dom não se limitava apenas a dar dinheiro, mas abrangia todo tipo
de ajuda prática para suprir as necessidades dos outros.
A pessoa com esse dom não
contribui por obrigação, como se fosse um peso, mas sua contribuição parte do
coração e com alegria.
1.3 - As Ofertas Voluntárias
As
contribuições de Davi influenciaram significativamente as ofertas voluntárias
do povo a construção do templo em Jerusalém. Davi não apenas preparou materiais
em grande quantidade e doou de seus próprios tesouros pessoais (1Crônicas
29.2-5), mas também demonstrou uma atitude de generosidade e devoção a Deus.
Seu exemplo como líder inspirou os líderes de Israel e o povo a também
oferecerem voluntariamente para o projeto (1Crônicas 29.6-9).
A atitude
de Davi mostrou que a liderança pelo exemplo é poderosa. Quando o povo viu a
generosidade e dedicação de Davi, foi motivado a seguir o mesmo caminho,
resultando em uma grande coleta de recursos para o templo.
2 - A Igreja Exemplar
A
igreja da Macedônia (2Co 8.1-5), mesmo pobres, ajudaram os irmãos da Judéia
2.1 - Uma Igreja Rica em Amor
Em 2
Coríntios 8 ao 9, Paulo elogia os crentes da Macedônia, que mesmo em
dificuldades, foram generosos para ajudar outros crentes necessitados em
Jerusalém.
As Igrejas
da Macedônia: Filipos, Tessalônica e Bereia são exemplos de Igrejas que
contribuíram generosamente, mesmo em tribulações e com dificuldades
financeiras.
Os
Filipenses, por exemplo, apoiaram o ministério do apóstolo Paulo, sustentaram
em seu trabalho missionário (Fp 4.15-18).
Em 2
Coríntios 8.13-15, Paulo se preocupa com a "Distribuição com justiça"
orientando que a generosidade deve visar à igualdade, para que aqueles que têm
mais possam ajudar os que têm menos.
2.2 - Os Gentios Socorrem os Judeus
Nas Igrejas Gentílicas, Paulo
ensinou e aplicou o dom da generosidade mostrando a existência da Unicidade da
Igreja de Cristo, vejamos:
(1)
Organizou Coletas para os Pobres
Especialmente para os crentes
judeus de Jerusalém que passavam por dificuldades (1Co 16.2-4).
"No primeiro dia da semana,
cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade,
para que não se façam coletas quando eu chegar" (1Co 16.2)
"Primeiro
dia da Semana" : refere-se ao domingo, o dia em que os cristãos primitivos se
reuniam para adorar (Atos 20.7). Paulo orienta que a coleta seja feita de forma
sistemática e regular.
"Cada
um de vós" : Indica
que todos os membros da igreja deveriam participar, independentemente de sua
condição financeira.
"conforme
a sua prosperidade" : O valor dado deveria ser proporcional ao que
cada pessoa possuía. Não era um quantia fixa, mas baseada na capacidade
individual. Todos na Igreja foram chamados a participar, não apenas os
mais ricos.
"Para
que não se façam coletas quando eu chegar" : Paulo queria que tudo estivesse
organizado e pronto antes de sua chegada, evitando desordem e
constrangimento. Dar não deveria ser uma decisão impulsiva, mas algo
planejado e regular.
"E, quando tiver chegado,
enviarei com cartas aqueles que aprovardes para levar a vossa dádiva a
Jerusalém" (1Co 16.3)
"Com
Cartas" : Paulo
garantiria que os portadores da oferta levassem uma recomendação escrita,
autenticando que eram representantes da igreja. Os fundos arrecadados deveriam
ser entregues por pessoas confiáveis, com o apoio de cartas de recomendação.
"Aqueles
que aprovardes" : A escolha dos mensageiros deveria ser feita pela igreja de
Corinto, garantindo transparência e confiança.
"Levar
a vossa dádiva a Jerusalém" : O objetivo final era ajudar os cristãos
pobres em Jerusalém.
"E, se valer a pena que eu
também vá, irão comigo" (1Co 16.4)
"se
valer a pena" : Paulo estaria disposto a acompanhar os mensageiros, mas apenas se
fosse necessário.
"irão
comigo" : Ele
se coloca à disposição para garantir que a oferta chegasse de forma segura e
honesta.
(2) Ensinou
sobre o Princípio da Semeadura e Colheita
Paulo incentivou os coríntios a
serem generosos, garantindo que Deus supriria suas necessidades (2Co 9.6-11).
(3)
Reconheceu e Honrou os Generosos
Como no caso dos Filipenses, que
foram abençoados por seu apoio contínuo (Fp 4.19).
2.3 - Um Exemplo a ser seguido
O apóstolo Paulo, mostrou para
as demais Igrejas Gentílicas as atitudes das Igrejas da Macedônia como um
exemplo a ser seguido pelas demais.
"Quanto à coleta que se faz
para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da
Galácia" (1Co 16.1)
Como já mencionado o apóstolo
Paulo estava organizando uma coleta para ajudar os cristãos pobres da igreja de
Jerusalém. Esta era uma expressão prática da unidade e amor entre as igrejas
primitivas.
Aqui, Paulo instrui a Igreja de
Corinto a seguir as mesmas diretrizes que deu à Igrejas da Galácia. Isso mostra
que a coleta era um esforço coordenado entre várias Igrejas, refletindo o
cuidado mútuo entre os cristãos.
O termo "santos" aqui
significa os cristãos em geral, que eram considerados santos por estarem
separados para Deus.
Aplicação
Prática
(1) Unidade
na Generosidade
Igrejas em diferentes regiões
foram chamadas a participar de uma mesma causa, mostrando que a generosidade é
uma responsabilidade coletiva dos cristãos.
(2)
Organização
Paulo não apenas incentiva a
doação, mas também a organiza de maneira prática, garantindo que a ajuda fosse
eficaz.
(3)
Princípio de Solidariedade
Ensina que a Igreja não é apenas
uma comunidade local, mas um família global que deve se ajudar mutuamente.
3 - A
Generosidade Cristã
3- A generosidade Cuidado com a avareza LC 12.15x 1 Tm
6.10,17,18. O jovem rico
3.1 - Abundantes em Generosidade
O Pedido
para Participar da Ajuda aos Santos de Jerusalém
"pediram
com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da
Judeia e eles insistiram nisso" (2Co 8.4)
Os irmãos
da Macedônia, estavam prontos para contribuir com alegria e não por uma
obrigação, o pedido de consentimento para poder contribuir para ajudar os
irmãos da Judeia, demostra que eles estavam cheios da graça de Deus, por isso
foram tomados como exemplos para as demais igrejas.
3.2 - Abundantes em Solidariedade
Conforme mencionado, O Princípio
de Solidariedade ensina que a Igreja não é apenas uma comunidade local, mas um
família global que deve se ajudar mutuamente, nesse sentido podemos afirmar que
os irmãos da Macedônia tornaram um exemplo de solidariedade.
3.3 - A Responsabilidade dos Cristãos
Baseado no que aprendemos nessa
lição sobre liberalidade (generosidade) nos ensinamentos de Paulo, como
cristãos temos o privilégio de socorrer os necessitados, e o que podemos fazer
de maneira individual ou coletiva de forma prática ? Abaixo vou deixar algumas
formas práticas :
(1)
Educação e Encorajamento sobre Generosidade
Ensinar que a generosidade é um
dom espiritual e que cada cristão pode participar, seja financeiramente, com
tempo ou habilidades.
Promover estudos bíblicos que
abordem os ensinamentos de Paulo sobre generosidade, como em 2 Coríntios 8 ao
9.
(2) Ofertas
e Coletas para Necessitados
Organizar campanhas de doações
para ajudar famílias carentes, missionários ou cristãos em crise, segundo o
exemplo de Paulo com a coleta para os santos em Jerusalém.
Transparência na gestão dos
recursos arrecadados, garantindo que eles cheguem a quem realmente precisa.
(3) Apoio a
Ministérios e Missionários
A Igreja pode sustentar
missionários ou apoiar projetos sociais com recursos regulares, assim como os
filipenses apoiaram Paulo (Fp 4.15-18).
Criar uma cultura de apoio
contínuo, não apenas em momentos de crise.
(4)
Envolvimento Pessoal
Os membros são encorajados a
doar não apenas dinheiro, mas também tempo, como servir em projetos sociais,
visitar enfermos ou ajudar novos convertidos.
Identificar membros com o dom da
generosidade e capacitá-los para liderar iniciativas de apoio.
(5) Prática
de Igualdade
Distribuir recursos de maneira
justa entre os que têm mais e os que têm menos, promovendo uma comunidade onde
ninguém passe necessidades (2Co 8.13-15).
Desenvolver programas de apoio
mútuo, como cestas básicas, apoio psicológico e treinamento profissional.
(6)
Reconhecimento e Gratidão
A igreja pode reconhecer
publicamente aqueles que demonstram generosidade, não para exaltar o doador,
mas para encorajar outros, como fizemos ao tomar Davi como exemplo para o povo
de Israel e como Paulo fez com os filipenses, mostrar gratidão e orar por
aqueles que são generosos.
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